VW Passat Variant 1.4 GTE Plug-In Hybrid - A ‘senhora’ está mais elétrica

VW Passat Variant 1.4 GTE Plug-In Hybrid - A ‘senhora’ está mais elétrica

VW Passat Variant 1.4 GTE Plug-In Hybrid - A ‘senhora’ está mais elétrica

Esta proposta híbrida da VW já se apresentava como uma alternativa muito interessante dentro da gama Passat, ganhando mais trunfos na recente atualização, a qual também abrange alguns retoques meramente estéticos (novas óticas e para-choques revistos), além do reforço do equipamento standard e a inclusão de outras assistências à condução, neste caso com destaque para o cruise-control adaptativo (Travel Assist) com alerta de faixa e capacidade de centrar o veículo na mesma, assim como para o aviso de aproximação para o carro da frente com regulação da distância. Nada que já não exista noutros modelos da VW, mas agora de série neste grande familiar, cujo habitáculo mais parece um T2 (5 lugares) com divisões amplas e zona de arrumos (leia-se bagageira!) quase sem limitações, mesmo que esta variante até tenha perdido 160 litros face às outras carrinhas Passat. Isso acontece porque existe um módulo de baterias de iões de lítio sob o estrado da referida zona de bagagens, as quais alimentam o bloco elétrico (de 85 kW, colocado à frente, perto da caixa automática) que colabora com o bloco 1.4 a gasolina de injeção direta (156 cv, turbo). Híbrido!

 

Essa tecnologia que permite o melhor de dois mundos, alcançando-se consumos baixos e, simultaneamente, prestações elevadas, uma vez que a mecânica atinge 218 cv de potência e 400 Nm de binário combinado. Vamos por partes! A matriz do consumo é bastante variável e isso é de tal forma evidente que poderá baralhar alguns cálculos diretos, até porque tudo dependerá do tipo de condução, dos trajetos, das táticas seguidas por quem esteja ao volante (no limite, da pressão do pé direito...) e dos modos de condução escolhidos (E-Mode ou GTE), em consonância com o que se pretenderá para cada percurso. Devido ao aumento da capacidade da bateria (de 9,9 kWh para 13 kW), a autonomia estritamente elétrica foi esticada e a marca anuncia cerca de 55 km, embora seja mais frequente contar com patamar entre 45 e 50 km. Nada mau, mesmo assim, embora o consumo estritamente elétrico esteja perto dos 20 ou 21 kWh, com zero emissões, claro! Essa fasquia diminui à medida que a carga das baterias se esgota (por defeito, o arranque é sempre elétrico) e o 1.4 TSI entra em ação, sendo normal que a média dos 100 km iniciais se coloque entre 4 e 4,3 l/100 km (6,20 a 6,60 €), a que se junta depois cerca de 5,3 kWh (0,80 €).

 

É óbvio que há maior poupança com apoio continuado do modo E-Mode (elétrico), tanto mais se os trajetos diários não forem acima dos tais 50 km, equacionando-se a repetição dos carregamentos. Dessa forma compensará mais! Os tempos de carga numa tomada doméstica normal atingem intervalos de 5h30 a 6h00, mas é possível baixar para cerca de 3h30 num terminal/wallbox de 3,6 kWh. Não são admitidas cargas rápidas ou semirápidas, tal como no modelo anterior, apesar da autonomia ter crescido cerca de 40%, mais pelo lado da capacidade da bateria (13 kWh) do que pela dimensão do depósito de combustível (50 litros).

 

De forma regular, a autonomia situa-se bem acima dos 600 km, exceto se se ativar com mais frequência o modo GTE, este a permitir uma condução mais desportiva e acelerações possantes (também com maior ruído), aproveitando-se todo o potencial combinado da mecânica, sem prejuízo de uma dinâmica bastante estável, apesar do elevado peso (1760 kg, dos quais 135 kg da bateria).

 

A travagem é eficaz, mesmo que se sinta o efeito mais retardado da ação do pedal, mais brando no início do curso, como acontece nos automóveis puramente elétricos..., e com igual efeito de regeneração da energia cinética. Tudo é aproveitado e existe também o modo Battery Charge para carregar a bateria através do motor térmico, aí com o consumo a aumentar.

 

No conforto e ao nível da segurança, este novo Passat Variant passa a integrar assistências mais evoluídas, como já se disse, complementadas por maior digitalização a bordo (Digital Cockipt), mais funções de navegação e de infotainment. É natural que a monitorização dos consumos e do fluxo de energia no ecrã central seja uma prática recorrente por parte do condutor, existindo vários menus para o efeito, facilitando até as estratégias a seguir para melhorar a eficiência. É esse o lado (quase) prioritário de um modelo híbrido, o qual acaba por influenciar a atitude de quem o conduz...

 

É muito provável que esta versão híbrida do Passat Variant (GTE) possa surgir como alternativa às variantes Diesel da própria gama, tendo preço equivalente à proposta 2.0 TDI de 150 cv com caixa DSG e valor muito inferior ao modelo 2.0 TDI de 240 cv (desde 68.530 €). Como se trata de viatura híbrida plug-in permite ainda a dedução do IVA e a taxa de tributação autónoma para empresas é reduzida. Por outro lado, é possível destacar a extrema suavidade da condução e o baixo ruído, a par do excelente conforto a bordo, num habitáculo amplo e mais digitalizado. A condução 100% elétrica atinge cerca de 50 km, mas também não é de menosprezar a capacidade e as prestações da mecânica híbrida (218 cv), apesar da inerente matriz ligada ao baixo... consumo.