CLA 180 d. Testámos o “menino-bonito” da Mercedes-Benz

CLA 180 d. Testámos o “menino-bonito” da Mercedes-Benz

CLA 180 d. Testámos o “menino-bonito” da Mercedes-Benz

Um texto da Razão Automóvel a falar do Mercedes-Benz CLA 180 d Urban. Acompanhe abaixo a opinião do jornalista Fernando Gomes acerca deste automóvel.

 

A nova geração do Mercedes-Benz CLA já chegou até nós e aposta forte no estilo e imagem, como o antecessor. Será mais que uma "cara bonita"?

 

Falar do Mercedes-Benz CLA e não falar de estilo é ignorar a essência do seu ser — é em grande parte devido ao seu estilo que se deve o seu sucesso comercial; mais de 700 mil CLA foram produzidos durante a sua primeira geração.

 

Confesso, nunca fui adepto do desenho da primeira geração. Apesar da “presença de palco”, eram evidentes os desequilíbrios nos seus volumes, os excessos visuais de algumas partes, e a falta generalizada de… finesse — (felizmente) a segunda geração veio corrigir todos esses pontos.

 

Proporções mais conseguidas — maior equilíbrio entre frente e traseira, e largura e altura —, superfícies mais depuradas e a maior coesão entre as partes e o todo, acabaram por gerar um desenho mais harmonioso, fluído e elegante.

 

Ainda assim, a traseira custa ainda a aceitar devido ao formato das suas óticas e de como estas estão integradas (problema herdado do CLS), mas no cômputo geral, estamos na presença de um carro visualmente superior e bem mais apelativo — o epíteto de mini-CLS é mais merecido que nunca.

 

Para realmente compreender a evolução que é o desenho do novo CLA, coloquem-no, ao “vivo e a cores”,  ao lado do antecessor — é como se o primeiro CLA passasse a sofrer de envelhecimento prematuro.

 

Como é habitual, e como já aconteceu em tantos testes — Kia Proceed, BMW X2, Mazda3, etc. —, o discurso repete-se. Quando o estilo é tão dominante, são os aspetos práticos a sair prejudicados — o Mercedes-Benz CLA não é diferente… Acessibilidade e espaço disponível nos lugares traseiros deixam a desejar, assim como a visibilidade:

 

Passando para os lugares da frente, espaço não falta, mas também nada o distingue dos restantes Classe A dos quais deriva. No entanto, este interior, estreado em 2018 no Classe A, foi a proverbial “pedrada no charco”. Abraçou o digital como nunca tínhamos visto um construtor “convencional” o fazer, deixando para trás “velhos” paradigmas, o que resultou num design novo e distinto.