MINI Cooper D 1.5 116 cv. Neste caso, o Diesel ainda compensa?

MINI Cooper D 1.5 116 cv. Neste caso, o Diesel ainda compensa?

MINI Cooper D 1.5 116 cv. Neste caso, o Diesel ainda compensa?

 

Numa altura em que os Diesel estão debaixo de fogo intenso, que carro é que fui testar? Um MINI Cooper D 1.5 116 cv — sim, a gasóleo. Só para provocar? Talvez…

 

À parte do ruído ensurdecedor criado à volta dos Diesel vamos aos factos. Os motores Diesel estão mais ecológicos que nunca. E por ecológicos entenda-se que estes podem mesmo levar a melhor sobre os motores a gasolina em termos de emissões (não só de CO2 mas também de NOX).

 

O mérito é das tecnologias de tratamento de gases de escape que fizeram deste poluidores muito económicos uma das soluções mais amigas do ambiente. O problema está, neste momento, quanto a mim, na opinião pública.

 

Não só por culpa dos escândalos em torno dos Diesel, mas também de uma agenda política que por motivos difíceis de entender, querem enterrar esta tecnologia à força.

Fazem mal

Enterrar os Diesel é uma péssima decisão. Bastaram alguns dias ao volante do MINI Cooper D 1.5 116cv para perceber isso mesmo.

 

Esta motorização tricilíndrica dá muito bem conta de si, sem brindar os ocupantes com vibrações ou ruídos excessivos. A resposta dos 116 cv e a agradabilidade de utilização é mais do que convincente — aliás, bem mais convincente do que no BMW 116d que testámos. De resto, os 9,3s dos 0-100 km/h falam por si.

 

Quanto a consumos, fazer médias abaixo dos 5 l/100 km é muito fácil

O único problema desta motorização, caso a cidade seja o teu principal habitat, é mesmo o facto das suas tecnologias de tratamento de gases de escape necessitarem de períodos de funcionamento mais dilatados do que o típico «pára-arranca» — daí que hoje, ninguém aconselhe motores Diesel para a cidade.

 

Se pelo contrário fizeres tiradas mais longas em estrada e auto-estrada, não há grandes dúvidas: escolhe o Cooper D. Custa apenas mais 1300 euros que a versão a gasolina, tem performances similares e consumos bem mais razoáveis.

Dinamicamente MINI Cooper

Conduzir um MINI é uma experiência diferente de conduzir qualquer outro carro deste segmento. Quem já conduziu um MINI sabe do que estou a falar…

A direção é mais pesada que o normal para aumentar o feeling e o conjunto chassis/suspensões gostam de ser provocados.

 

Todos estes detalhes em conjunto com o motor Diesel de 116cv fazem do pequeno MINI um excelente parceiro em condução mais dinâmica. A parte boa de tudo isto é que apesar do MINI ser efetivamente firme, não chega a ser desconfortável.

 

Confesso que para o meu gosto pessoal, mesmo na configuração menos aguerrida, a direção continua a ser excessivamente pesada, mas quando a diversão passa a ser a prioridade esse detalhe passa para segundo plano.

Diferente por fora e por dentro

Falar de um MINI sem falar de design é quase impossível. As diferenças que notamos em termos de postura em estrada, estendem-se à sua aparência «fora da bolha».

 

Há quem goste e há quem não… desculpa, acho que toda a gente gosta.

 

Por dentro o MINI também assume essa diferença. Temos vários itens que podem ser configurados ao nosso gosto, tornando quase impossível haver dois MINI exatamente iguais. Haja dinheiro, porque os itens mais excêntricos estão na lista de opcionais e não são nada baratos.

 

É muito dinheiro? É, sem dúvida. Mas o MINI Cooper D é um modelo premium e isso nota-se na qualidade dos materiais, atenção ao detalhe, exclusividade e, claro, no preço.